domingo, 14 de fevereiro de 2010

À Ela.

É-me preferível ver-te sorrir.
É-me preferível ver-te dançar.
É-me preferível ver-te a sonhar.
A ser criança.
E ser perfeita.
No entanto por raros momentos pude realmente ver-te. Não preservei aquilo que eras e tentei procurar em outros olhos a cumplicidade que nos seus esbanjavam.

Fui cego.
Fui fraco.
Mas agora sei. Aprendi com os meus erros.E essa apredizagem custar-me-á caro. Por querer-te, e tocar-te no imaginário.
E tentar sentir em ti o que tanto me faltou.
Sentir o teu perfume na minha carne. E tu, só tu conhecerás o meu privado e o vazio que se enche ao ver a tua graça.
Espero que tenhas compaixão.
Compaixão de um pobre que desperdiçou o valorável. Que com tantos erros afundou-se e deixou de gritar o seu nome.
De pedir ao impossível e apelar ao nada. E quando estiver lá no fundo...
Resgatar-me-ás com um sorriso complascente, aquele que só tu sabes dar.
Levantar-me-ás a alma e dirás ao pé do meu ouvido :

Amo-te.
Quero-te.
Fica comigo essa noite.
Abraça-me só por mais uma vez.
E eu serei tolo se não o fizer. Porque já és parte de mim, a parte que a muito tinha perdido. Não cometerei outro erro, e nem pensarei duas veses.

Nosso peito junto está.
Nossa alma junto está.
Nosso corpo junto está.

E por uma última vez, olharei para ti. Deitar-me-ei ao seu colo. E dormirei para sempre.

Contigo.
Contigo.
Contigo.

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