sábado, 11 de setembro de 2010
Homoamizade
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Força Crua
"Tu só, tu, puro Amor, com força crua,” Luís de Camões.
sábado, 4 de setembro de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
Ao próximo
Há um certo jardim em frente a minha casa, dizem que é florido e cheio de vida, mas eu nunca vi flores alí. Preocupei-me, de facto. Mas como estava muito frio e a neve caía do céu, julguei ser inverno. E as flores não resistem ao inverno, certo ?
Sempre é bom começar um texto por uma metáfora. Todos o dizem. Em análise, podemos transfigurar a figura do coração para esse vago jardim. As pessoas têm medo de ver um coração florido, de entrar na vida das pessoas sem consentimento, atrevem-se apenas a olhar e julgar que alí é inverno, que nada cresce, frio, podre. Se pensarmos bem, somos todos podres, a nossa estrada assim o é. O orgânico não passa de um eufemismo, julgando-o como vida. Não é suposto os seres humanos viverem em conjunto, apesar de sermos seres sociáveis por natureza, porque o nosso próprio julgamento está baseado no julgamento alheio. Não temos poder sobre a nossa própria vida. Vivemos apenas, limitámo-nos a olhar para o céu e considerá-lo azul, quando o tenho colorido por todos os astros, por tudo aquilo que nos transcede por serem maiores que o pensamento humano. Vemos apenas o aparente e normal, e ignoramos aquilo que chamamos o interior das pessoas. Portanto querer sorrir quando a hora não é propícia é um desafio, dizer alguém que o ama ( verdadeiramente ), pregar as suas convicções à estranhos e espalhar a palavra de algo ínvisível, é sempre muito difícil. Por isso, depois de Deus, eu creio no homem. Eu creio que haverá um dia, que todas as casas serão mais um abrigo ao desconhecido e a confiança um dom eterno.
Le Début
Ressuscitei
Estou de volta !
Tive alguns probleminhas em escrever,
primeiro :
segundo : Falta de inspiração.
E agora, depois de algumas mudanças na minha vida,
resolvo entrar de cabeça na aventura dorida,
Ser capaz de escrever, sem fronteiras
Levar a palavra, quebrar barreiras.
Viver acima do horizonte, para lá do nada,
E nunca terminar, essa longa jornada.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Singin in The Rain *
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Crónica de um Chapéu de Chuva, preto e cor prata.
Nenhuma resposta. Julguei não ter falado alto o suficiente. Retornei :
- Vai chover.
Fiquei ainda mais curioso, então para evitar mais conversas tirei cinco euros do bolso e dei-lhe. Voltei para o meu banco, sentei novamente e continuei a olhar para o nada. Estar sozinho com os meus pensamentos vazios. Devo confessar que fiquei curioso acerca do mendigo, mas não iria estragar o raro sol que tinha.
Durante esse tempo o mendigo desapareceu, e voltou novante passado cinco minutos com o chapéu de chuva na mão. Sentou-se, puxou um livro de Antonio Lobo Antunes e começou a ler. Bom, existe gosto para tudo não é mesmo ?
A minha curiosidade aumentou e várias dúvidas surgiram na minha cabeça. A primeira é : Como é que um mendigo que lê Lobo pode ser mendigo ? Será mesmo um morador de rua ?
Enquanto essas dúvidas enchiam a minha cabeça, senti uma gota cair na ponta do meu nariz, que fez um sinal de rígidez ao toque da agua fria. Se é fria ? Sim é fria ...
O mendigo abriu um sorriso, olhou-me de frente, e deu uma gragalhada. Abriu o chapéu de chuva, preto e cor de prata, e começou a dançar. Sim, ele estava dançando na chuva no meio da praça ! Aspirava alegria dos contornos dos seus movimentos. E a cada volta que dava no chapéu, projectava as gotas de chuva para longe. Seu corpo erradiava vida e eu a sentia, cada pequeno movimento despertava em mim algo maravilhoso, lindo.
Jordann Fel.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
À Ela.
E tentar sentir em ti o que tanto me faltou.
Sentir o teu perfume na minha carne. E tu, só tu conhecerás o meu privado e o vazio que se enche ao ver a tua graça.
Espero que tenhas compaixão.
Compaixão de um pobre que desperdiçou o valorável. Que com tantos erros afundou-se e deixou de gritar o seu nome.
De pedir ao impossível e apelar ao nada. E quando estiver lá no fundo...
Resgatar-me-ás com um sorriso complascente, aquele que só tu sabes dar.
Levantar-me-ás a alma e dirás ao pé do meu ouvido :
E por uma última vez, olharei para ti. Deitar-me-ei ao seu colo. E dormirei para sempre.